É possível testar os limites do sistema respiratório de cada pessoa durante a corrida via um método denominado “teste da conversa”. Inicia-se correndo a um ritmo que permita respirar com facilidade. A este ritmo, deve-se conseguir manter uma conversa confortável com os companheiros de corrida. Aumentando um pouco a velocidade, tenta-se retomar a conversa. Se não for possível manter a conversa de forma confortável, provavelmente está-se a correr demasiado rápido.
Existem técnicas que facilitam ao corpo a entrega de oxigénio aos músculos de forma mais eficaz, o que permite que o atleta se sinta mais confortável ao correr e, por consequência, melhore a resistência e alcance maiores distâncias.
- Inspirar pelo nariz e expirar pela boca.
- Aprender a respirar “com a barriga”, ou seja, respiração abdominal. Ao correr, não devemos respirar com o peito, mas sim com a barriga.
Para treinar este tipo de respiração, pode-se experimentar, em casa, deitar-se de costas, contrair a barriga enquanto se inspira e deixá-la expandir-se enquanto se expira. Deve-se colocar uma mão sobre a barriga e outra no peito para garantir que a mão que se move é a da barriga e não a do peito. Posteriormente, deve-se aplicar esta técnica durante a corrida.
A melhor forma de respirar enquanto se corre é fazer respirações curtas e superficiais. Respirar de forma profunda e prolongada é um erro comum. Contudo, numa subida íngreme, por exemplo, algumas respirações longas podem ajudar a recuperar o ritmo respiratório.
É crucial respirar ao ritmo da corrida. Deve-se inspirar e expirar a um ritmo consistente, independentemente da velocidade a que se está a correr. Uma forma de verificar se está a respirar ao ritmo da corrida é contar os passos dados enquanto se corre. A respiração deve adaptar-se aos diferentes tipos de treino: em treinos leves, faz-se um ciclo de respiração (inspirar e expirar) ao longo de cinco passadas; em corridas mais intensas, o ciclo de respiração é mais curto, fazendo-se ao longo de apenas três passadas.
